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quinta-feira, maio 24, 2007

Canadá cria modelo de organismo em 4D

Novidade promete melhor compreensão do desenvolvimento de doenças.
Imagem feita em computador mostra vasos e órgaos coloridos e em detalhes.

Cientistas de uma universidade canadense criaram o que consideram ser o primeiro modelo virtual quadridimensional de um corpo humano, uma invenção que permitirá compreender melhor a evolução das doenças e até permitir aos doentes visualizá-las.


A imagem, gerada por computador, de um corpo humano cujos órgãos internos e sistema circulatório aparecem em cores, se projeta como um holograma numa sala escura, onde o modelo virtual parece flutuar.

Modelo se projeta como um holograma. (Foto: AFP)



O projeto, batizado de CAVEman (homem das cavernas), pela escuridão da sala onde a imagem é exibida, foi apresentado nesta semana na Universidade de Calgary, na província de Alberta (sudoeste do Canadá). O modelo inclui mais de 3.000 elementos do corpo humano. O usuário pode manipulá-lo à vontade como se fosse um video game para observá-lo em diferentes ângulos ou fazer zoom em um ou outro órgão para estudá-los.

"A imagem é quase viva. Isto nos permite, pela primeira vez, ter um modelo completo do corpo humano, do ponto de vista da anatomia, da química e dos tipos de tecidos", disse Andrei Turinsky, do Departamento de Bioquímica Molecular da Universidade de Calgary.

Imagem traz todos os detalhes de um organismo humano. (Foto: AFP)



Ao usar uma técnica de programação informática, os cientistas chegam a criar uma imagem que pode ser vista com lentes especiais.

O resultado é uma espécie de Atlas completo do corpo humano em quatro dimensões -- as três espaciais e uma temporal. O modelo permite, ainda, ver a evolução de uma doença e também imaginar a reação do organismo aos medicamentos.

Os cientistas se servem de informação dos doentes, especialmente de ecogramas ou imagens de ressonância magnética para personalizar seu modelo.

"Isto permite a um médico ou um paciente ver o que acontece no corpo. É muito melhor que um manual de biologia", disse Turinsky. "A princípio, será possível mostrar ao paciente o que se passa dentro do seu corpo. E mais tarde se espera poder prever o que acontecerá se o tratamento não for seguido ou se alguns genes começarem a agir", acrescentou.

O projeto CAVEman também poderá permitir fazer simulações destinadas a preparar cirurgias ou desenvolver novas técnicas cirúrgicas.



Fonte: globo.com

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